Através do espelho I (dos teus olhos)

5 am.
Sabina se olha. Está pronta para partir.
Ele tem razão, ela é mesmo bonita.
Mais ainda assim, quando ele a abraça.
Seria um adeus?

5 comentários:

Anônimo disse...

Sabina, aos olhos dele, é bonita porque remete à idéia de "leveza".
Mas no final, não é o "peso" que o domina?
Até então, o conjunto de variáveis se mantém inalterado.

P. disse...

Sabina está feliz com seus mosaicos de espelho e não quer dominar nada, nem ninguém. E já que tudo nessa vida tem mesmo que ter um fim, que importa quando será?
"Se alguma vez descobri céus tranqüilos sobre mim voando com as minhas próprias asas no meu próprio céu;
se nadei, brincando, em profundos lagos de luz; se a alada sabedoria da minha liberdade me veio dizer: “Olha! Nem para cima, nem para baixo! Lança-te à roda, para diante, para trás, leve como és! Canta! Não fales mais! Não estão as palavras feitas para os que são pesados? Não mentem todas as palavras ao que é leve? Canta! Não fales mais!” Nietzsche (quem mais seria...).

Anônimo disse...

P.,
já não entendo mais nada.
Nos seus mosaicos de espelhos pensava estar vendo Tereza com seu Tomas, feliz com karenin.
E, quanto a Sabina, esta seria uma estética perfeita, tal qual Tereza, mas sem o perfume que tanto encanta.


p.s. adoro a maneira que retrata as situacoes e emocoes e como as externaliza aqui.

P. disse...

Também achava, mas confesso que algo se invertou. Talvez a Tereza tente agora refletir-se Sabina buscando sofrer um pouco menos, já que até hoje não sabe ao certo se Tomas um dia foi mesmo dela...

P. disse...

e obrigada pelo comentário!